terça-feira, 3 de agosto de 2010
esse é pra ti. só pra ti. V - esse é de ti.
domingo, 27 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
Palavras de amor
Pedro era um rapaz humilde, de classe média, romântico e apaixonado pelas coisas da vida. Embora não acreditasse muito no amor entre duas pessoas, mantinha uma incansável busca por seu "par perfeito": aquele ser que lhe daria razões para acordar todos os dias e o entenderia, aquele que roubaria sua concentração no meio da construção de mais um picuá*. Já Renata era moça donzela, com movimentos delicados e olhares penetrantes, responsável diante de sua agenda sem horários vagos.
Pedro se apaixonou à primeira vista quando se encontrava cabisbaixo em algum lugar movimentado e reparou nos trejeitos da menina em corpo de mulher que tentava disfarçar a felicidade que sentia ao subir no palco de um bar qualquer com um video-okê. Desde então sua busca havia chegado ao fim. Era ela, Renata, a razão por ele estar aqui. Era dela que ele precisava. Porém, uma nova investivação se iniciou: quem seria aquela moça que em segundos havia captado toda atenção de Pedro? Livros, internet, lista telefônica, fotos e até possíveis amigos em comum foram utilizados na procura. Paralelamente, cartas eram escritas, declarações e encontros planejados, Pedro não tinha como resistir, estava entregue a uma pessoa que sequer o conhecia.
Inexplicavelmente, depois de alguns dias da procura ter começado, Renata e Pedro passaram a se cruzar em lugares inesperados. Ela recebia flores e presentes de alguém que não os entregava. Ele sentia seu perfume em todos os ambientes. Depois de meses colhendo dados e sofrendo por algo que nem existia, Pedro resolveu ir ao mesmo bar em que havia visto Renata pela primeira vez e decidiu fazer um epicédio**. Disse o quão delicada ela era, que era calipígia*** e como ele estava perdidamente apaixonado. Embora houvesse a probabilidade de ela não estar presente no momento da fala, Pedro apostava que o destino os unisse mais uma vez.
E foi assim que aconteceu: ele havia terminado seu discurso e continuava no palco, imóvel, sem nenhuma reação que indicasse se Renata estava ou não no local. Quando, de repente, a moça tímida se aproxima do palco com lágrimas nos olhos. Não eram de felicidade ou emoção, e sim de perplexidade. Renata não podia crer no que ouvira. Foi quando Pedro tirou do bolso do casaco um anel nédio**** sem nenhuma palavra falar. Ela, já aos prantos sem saber o que dizer, começa a dar tapas em Pedro; embora esburnisse*****, esse foi apenas o primeiro sinal de como seria a relação dos dois.
Vocabulário:
*picuá: móveis trastes (lixo)
**epicédio: discurso ou poema em memória de alguém
***calipígio: tem formosas nádegas
****nédio: brilhante resplandecente
*****esburnir: dar de má vontade
Educação de [s]ontem[/s] hoje
Nos séculos passados, as poucas escolas que existiam eram extremamente pobres, sem recursos. As crianças moravam em prédios sem estrutura e passavam necessidade. Mas somente aquelas sem condições financeiras sofriam, pois as ricas recebiam aulas em casa, com professores particulares, que inclusive moravam onde lecionavam.
Influente desde sempre na vida das pessoas, a falta de educação aparece também nas obras literárias desse período, como em "Jane Eyre", de Charlotte Brontë, onde a autora deixa claro as diferenças educacionais entre a população. Como se não bastasse essa precariedade no ensino, ainda havia diferenças: as mulheres aprendiam apenas o necessário para cuidarem do marido e da família, enquanto os homensa estudavam em rígidas escolas de padres.
Mas depois de mais de um século de quando esse quadro era o "natural", o que será que mudou? Infelizmente o fato é que fora algumas pequenas mudanças de métodos, pensamentos e estrutura, pouca coisa foi modificada. A diferença é que hoje a educação possui uma máscara gigantesca que insiste em esconder seus reais objetivos. Se antes os conhecimentos não eram muitos, os objetivos eram outros. Não importa, não há justificativa alguma para que esse sistema não evolua.
É patético pensar que em meados do século XXI o estilo educacional continua basicamente igual ao de séculos passados, quando somente a elite tinha direito a ensino de qualidade. Muita gente se vangloria ao falar de métodos de ensino de hoje no Brasil, por exemplo, sem se dar conta de que, além de injusto com os que realmente querem aprender alguma coisa, ele não tem um objetivo claro, senão ocupar o tempo dos filhos de empregados miseráveis que muitas vezes não sabem escrever nada mais do que seu nome. Será que as pessoas que insistem que nada podem fazer para mudar esse quadro e que acreditam que ele seja realmente eficiente se deram conta de que o ensino no Brasil hoje possui a mesma essência dos países desenvolvidos de dois séculos atrás? Será que o ensino que conhecemos hoje é de fato melhor do que o de antigamente, ou simplesmente mais eficiente, evoluído? Quando é que vamos conseguir juntar forças para colocarmos essa máscara que a educação veste, de uma vez por todas, no lixo?
sexta-feira, 11 de junho de 2010
esse é pra ti. só pra ti. IV - enfim 90 dias com ele.
a cada dia que passa a gente tem se conhecido mais, e eu, particularmente, tenho me apaixonado cada vez mais por ti. posso dizer que tu realmente me cativou. e, bem, apesar de todos os desentendimentos, os dias longe, os tantos problemas de saúde e rotineiros que insistem em aparecer entre a gente, eu continuo te amando cada vez mais e tendo a certeza de que é contigo que eu quero realizar todos aqueles planos meio malucos, mas possíveis.
eu só tenho a te agradecer por estar me tornando uma pessoa melhor, por cuidar de mim, me ensinar, me entender, por realmente me tirar da beira do penhasco. eu te amo muito. mesmo. espero conseguir colocar, pelo menos, um terço do sorriso bobo que tu tens colocado em meu rosto e pode ter certeza que, mais do que nunca, eu vou fazer o possível e o impossível pra que tu seja tão feliz comigo como eu sou contigo.
obrigada por tudo. e esses são apenas os primeiros dias dentre os milhares que passaremos juntos. te amo.
meio melancólico e piegas pra maioria, mas para aqueles que veem além do que os olhos mostram, um singela demonstração de carinho.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
- John Mayer
esse é pra ti. só pra ti. III
Respostas vagas, conversas sem cor nem muito conteúdo por dias; mas mesmo assim, com tudo em preto e branco, sem muitos movimentos, os diálogos não se acabavam.
Um desencontro ocasionado pelo destino foi decisivo para o desenrolar dessa história: uma festa, amigos em comum, um lugar pequeno e nem uma troca de olhares entre os cantos do salão aconteceu. Na noite seguinte, uma mensagem de um número desconhecido entrega o jogo: alguma coisa havia mudado em menos de vinte e quatro horas, era uma tímida aproximação que tentava surgir, mesmo que inconsciente.
Novas conversas, novas perguntas, diferentes respostas. Um início. Alguns dias, algumas opniões, um encontro marcado. Uma longa semana. Uma ligação, uma certeza.
Eles combinaram de se encontrar no fim da semana; na hora marcada lá estava ele, e metido, ao vê-la logo a puxou para um abraço antes de qualquer palavra, como se fossem velhos amigos. Duas ou três horas de olhares, definições, revelações. Nos dias seguintes a distância que os separava, física e sentimental, passou a ser de centímetros. A partir disso a relação foi se tornando cada vez mais estreita, novos encontros, passeios, problemas, refúgios, finais de semana, medos... até que em alguma destas situações surge o desejo tímido de um beijo.
Algumas teorias colocadas à baixo, planos, inúmeros desentendimentos, ciúmes, cuidados, algumas lágrimas, abraços. Foi isso que os trouxe até aqui, é em razão disso que tudo parece culminar pra que eles fiquem juntos. E sabe, mesmo com todos os medos, as diferenças, opniões e inseguranças, talvez haja mesmo uma possiblidade desse carinho durar "para sempre", como muitos falam.
sagrada.
O início... ou o reencontro
Por anos, passamos momentos incríveis juntos, ríamos, brincávamos, brigávamos às vezes, mas nos divertindo, fomos descobrindo a nós mesmos, aqui ou ali;
com a presença destes amigos ou de novos, que hoje nem são tão novos assim...
O fato é que aqui ou lá, juntos ou não, crescemos. E chegamos onde hoje estamos, ao último ano do começo de nossos outros longos anos escolares. Meio
contraditório, não?! Mas não tem problema, afinal... um pouco contraditórias estão nossas idéias também nesse momento...
Nesse um mês em que passamos os 19 juntos, já rimos, brincamos, discutimos, levamos uns puxões de orelha...tanta coisa em tão pouco tempo se pararmos
pra pensar nos outros xxx dias de aula que ainda temos.
Digo que este momento é contraditório pois ao mesmo tempo em que temos sede de viver de fato, temos a insegurança, o futuro incerto que nos aguarda; a
vontade de ser independente versus a certeza que a rotina nos traz; aí é que bate aquela vontade de parar no tempo, de simplesmente parar de crescer.
Vontade de saber o que fazer no dia seguinte, de saber que se nos machucarmos, um beijo e um colo da mãe - que está sempre do nosso lado- vai nos curar.
Vontade de dar importância àquilo que na verdade não tem tanta importância... Vontade de acreditar em fada do dente, coelhinho da páscoa, papai noel...
e ficar feliz da vida ao vê-los. Vontade de brincar de casinha, ou de correr na rua, vontade de inventar brincadeiras,de fazer desejos, ter sonhos e
acreditar que eles são possíveis, vontade de contigiar os outros com um sorriso; vontade de aprender, de perceber o que realmente importa na vida, de não
mudar nosso jeito de pensar, nossas brincadeiras ingênuas e carinhos sem malícia, de poder durmir até tarde e se sentir cansado após passar o dia
inteiro brincando na piscina... aah quem dera se pudessemos escolher viver um pouco mais essa fase que todos sentem saudade, e que nós só sentiremos
falta daqui a alguns anos, quando já for tarde demais...
E eu sei que essas frases e desejos podem parecer meio batidos, afinal, todo mundo fala isso! Mas... se a maioria das pessoas sentem falta, algum motivo tem,
não concordam? Então por que não deixar as bobagens de lado, as preocupações que nem nossas ainda são, por que não pararmos de crescer? Que tal se nós mudássemos
de tamanho, mas não perdessemos a nossa essência de crianças, de adolescentes? Que tal se nós deixássemos de nos preocupar tanto com o futuro e simplesmente
passassemos o dia fazendo aquilo que a gente gosta, brincando, rindo, se divertindo?
Na verdade, agora que parei pra pensar sobre o assunto, tenho uma idéia melhor: que tal se nós deixássemos o tempo nos levar com ele, enfrentássemos os novos
e complicados desafios da vida adulta e mesmo assim não deixar que a correria do dia-a-dia apague esse jeitinho único, esse brilho no olhar, essa vontade
de estarmos juntos independente do que aconteça, que tal se nós não deixássemos esse nosso lado "criança" para trás? Será que nós não aprenderíamos a ver
a vida com os olhos que ao nos tornarmos adultos geralmente ficam cegos? Aí sim, cada dia seria apenas mais um início, ou reencontro, daqueles dias em que
com nada precisávamos nos preocupar por simplesmente estarmos juntos.
B(itoca) :)
terça-feira, 11 de maio de 2010
fantástico!
** http://rafaelkleincomposicoes.blogspot.com/ **
sábado, 17 de abril de 2010
“Palavras expressam tudo, ou nada. Palavras descrevem o inexplicável. Palavras magoam, ofendem e causam desentendimentos. Palavras criam oportunidades, criam amizades e vínculos formidáveis. Palavras aperfeiçoam, explicam. Palavras são capazes de corrigir mais do que qualquer ato. Palavras evoluem e fazem evoluir. Palavras surgem e deixam surgir. Palavras fazem com que livros tenham magia. Palavras fazem com que melodias tenham significado. Palavras afastam ou unem pessoas. Palavras fazem com que as pessoas reflitam. Ou não. Palavras agridem. Palavras acolhem. Palavras criam desejos. Palavras enfeitiçam, seduzem e provocam. Palavras podem ser amáveis ou grosseiras. Podem dizer muito, ou nada. Podem traduzir qualquer sentimento. Palavras permitem que as pessoas brinquem com elas próprias. Palavras podem ser apenas palavras, ou podem ser muito mais do que uma vida inteira. Palavras fazem as guerras. Palavras buscam a paz. Com as palavras, pode-se tudo. Apenas não se pode ficar mudo.”
Verônica Pinto Peters
quinta-feira, 15 de abril de 2010
esse é pra ti. só pra ti. II . números .

01. um novo amigo.
02. dois amigos em comum.
21. uma mensagem.
25. uma ligação.
27. um encontro;
um abraço;
chuva;
uma rosa;
muitas novidades.
30. um fim.
01. um feriado;
um recomeço.
02. algumas conversas.
03. algumas novidades.
04. uma caixa;
um beijo.
09. o fim de uma história paralela;
um espetáculo;
uma foto.
10. alguns amigos;
mais de um não;
um bilhete;
uma criança teimosa;
alguns amigos em comum.
11. um passeio;
um pai;
dois ingressos;
uma foto;
uma história;
algumas pessoas;
um compromisso;
uma mensagem.
12. um medo;
várias ligações.
13. uma palheta;
um beijo;
uma hora;
alguns jogadores;
mais novidades;
uma alergia;
um colo.
14. um cuidado.
15. saudade;
um desentendimento.

usava esse cristal por acreditar que ele traria as cores do arco-iris de volta pra mim, que ele seria meu único fexe de luz em alguns momentos, mas me tiraria da completa escuridão. eu usava esse cristal por não acreditar em quase nada, por acreditar que ele era uma coisa singela, que me faria bem. eu usava esse cristal pensando estar protegida, muitas vezes de mim mesmo, do meu lado sombrio que acaba encontrando lugar muito mais fácil nesse mundo de hoje.
esse cristal só tinha um motivo pra estar sempre junto ao peito: luz. e combinei comigo mesmo que ele só sairia dali quando eu não precisasse mais dele pra não ficar no escuro, quando as cores voltassem a fazer parte da minha rotina, quando alguém me trouxesse toda aquela vibração, aquele calor, que só a luz do sol consegue me dar. É por isso que ele não anda mais no meu peito...
Razões pelas quais eu não digo 'te amo'...

Nos dias de hoje, as pessoas amam tudo, amam todo mundo, logo: as palavras 'eu te amo' perderam seu valor inicial. Além de que essas duas palavrinhas acabam por serem ditas muitas vezes sem nem serem sentidas. E as cinco letras, que mudariam o dia de qualquer pessoa, que fariam o sol reaparecer em meio à tempestade, acabam perdendo a cor e o brilho.
Então não digo e não gosto de ouvir. Por medo. Porque penso que, embora pequenas e simples, expressam um sentimento grandioso e, julgo dizer, inexplicável. Medo porque, para cada pessoa, elas assumem uma definição diferente, podem ser muito parecidas para a maioria, mas a sua essência não é sequer semelhante às demais.
As pessoas têm medo de se entregar, de se deixar levar, de se machucar, decepcionar, têm medo até mesmo de se encantar, de se surpreenderem, de serem felizes, de amar e serem amadas.
Já tentei, por diversas vezes e com recursos alternativos, descobrir que quer dizer 'amar'; ainda não encontrei nenhuma explicação que fizesse sentido, então como dizer que amo sem saber o que isso significa? Mas eu ainda não desisti de entender, de acreditar, de pensar que esse sentimento existe de verdade.
Enquanto isso, meu inconsciente me policia e só me deixa dizer " eu amo " quando nenhuma outra palavra consegue traduzir aquilo que eu estou sentindo; por acreditar, realmente, que amar é o maior e o melhor sentimento que existe.

um lugar onde eu possa ir e me perder no tempo enquanto meus olhos se fixam entre as montanhas. onde eu possa gritar, chorar, cantar o mais alto que conseguir, onde eu não preciso me esconder, justificar, ouvir a opnião dos outros. um lugar só meu. onde eu posso ser quem eu quiser, sem ser julgado ou mal interpretado. aaaaah... eu vou é pro alto, vou para os céus, vou sentir o vento forte no meu rosto, que me faz sentir frio e me dá uma inexplicável sensação de liberdade. eu vou é pular lá de cima, sentir a adrenalina no meu corpo e, nem que seja por frações de segundos, vou me deixar esquecer de tudo isso que talvez nem tanto sentido faz...
terça-feira, 6 de abril de 2010
números.
ok. não era bem um divã e cortinas de veludo vermelhas, no lugar delas, tinha uma janela com a vista ideal pra aqueles dias típicos que eu não gosto. e bem, apesar de tudo, me pareceu um lugar confortável...
mas tudo lutava contra, o tempo, o clima, os compromissos, preocupações, as palavras, os medos e até os números, tudo parecia insistir em dizer e mostrar : "NÃO!". como nós, meros mortais poderíamos lutar contra uma vontade do destino?! =^
uma semana. sete dias. cento e sessenta e oito horas. dez mil e oitenta minutos. esse foi o tempo entre o fim e o início. o que tinha tudo pra acabar, literalmente, acabou... de começar!
com as milhares palavras, olhares, respostas e incertezas aqui chegamos.
com uma sintonia inacreditável, com os olhinhos brilhando, com os corpos que parecem magnetizados, com o cuidado, o princípio de ciúme, de desejo, de saudade.
sim, eu ia expor aqui os números que explicam essa aproximação, como os mais de cem minutos de ligações, as quase cem mensagens trocadas nestes trinta dias, os dez minutos que se transformavam em três horas num piscar de olhos, fora as horas por MSN, Twitter ou Orkut, e sim, ia fazer isso só pra implicar contigo, só pra te mostrar como os números tornam tudo isso mais claro - e assustador!
mas não... porque, embora eu saiba de todos esse números, eles de nada me adiantam... o tempo, o espaço, o clima e algumas outras variaveis se tornam inúteis quando estamos juntos.
e mesmo tudo sendo muito novo, apesar do medo e da insegurança perante tudo isso, isso já faz parte do meu dia, e até da minha grade de horários meio conturbada...
eu só tenho a agradecer por ti... pelo carinho, compreensão, pelo entendimento da situação. é por cada minuto que passo contigo, por cada situação, discussão, que esse sentimento só tem aumentado, e eu realmente espero que esta base seja a mais sólida possível da nossa construção.
domingo, 28 de março de 2010
Ao menos, seu tempo foi mais bem gasto. Ao menos você decorou vários poemas. Ao menos entendeu química, física, e matemática. Criou 25 novas teorias sobre a origem da vida. Escreveu textos bons, ou parcialmente bons. Ao menos não destruiu a vida de outra pessoa que você diz que ama.
E depois de tudo isso, percebe que talvez o problema não foi ele, e nem o lugar. O problema foi a sua incapacidade de deixar que outra pessoa chegue perto o suficiente pra você se acostumar, e até, depender dela.
Mas, dai já é tarde. Já é noite. Você já não vê sentido em quase nada. E resolve deixar assim como está. Porque talvez assim, você não machucará a pessoa que diz que ama, e não deixara que ela te machuque. "
m.c.a. em um dia qualquer, em um dia como outro qualquer; com os mesmos motivos, sem nenhum razoável; sem números, filósofos ou teorias; com a mesma história, só que com personagens e ambientes diferentes; com as mesmas explicações; com o mesmo coração, só que com sentimentos diferentes dentro dele; sem a mesma razão, na verdade, sem razão alguma; sem os pés no chão, sem a segurança, sem saber o que esperar; com os olhos e pensamentos fixados no mesmo lugar durante horas; sentindo aquilo que tem medo de sentir, aquilo que, na verdade, queria sentir.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Desejo...
E que amando, também seja amado.
E que, se não for, seja breve em esquecer.
E que, esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas, se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que, mesmo maus e inconsequentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelos menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E, porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que, entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que, nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que, fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que, sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que, sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque casa idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só paraque fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que, se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você, sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem.
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E, quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E, se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a lhe desejar.
Victor Hugo
esse é pra ti. só pra ti
eu não pensei que fosse assim... por semanas venho tentando encontrar explicações e justificativas plausíveis, tentando me convencer de que não é assim. e, confesso, estava obtendo sucesso nessa jornada... até que... putf! uma mensagem, uma ligação. tudo mudou. assim, SIMPLES assim.
foram 4 minutos. exatamente 240 segundos. ou melhor, somente 240 segundos! mas pelo visto, foi tempo mais do que necessário pra me deixar completamente sem chão... como eu vou explicar o sorriso bobo que apareceu aqui e que não dá pra disfarçar? como alguém vai entender o por quê de eu não conseguir sequer cantar uma música?!
e eu preciso dizer que isso tudo é diferente... parece, depois de tanto tempo, que estou livre de novo... sem aquele vazio, aquela sensação de solidão, de não esperar nada ao acordar... tudo passou, deixou de existir, assim como num estalar de dedos. fantástico, brilhante, não?! ok... nem tanto. isso é só o chegar à frente da porta, se quer tocamos na fechadura para abri-la.
alguns dias passaram, algumas situações, encontros, testes, supresas, algumas discussões, algumas novidades e inúmeras teorias. e no fim, qual a conclusão? sem números, sem razões, sem motivos ou explicações, um simples coração com medo de se entregar e se machucar.
mas hoje, depois de todas as conversas conturbadas, das milhares de informações por segundo que tentam desesperadamente se unir na tentativa de fazer algum sentido, aqui estamos.
há muito mais de mil metros nos separando, quase mil segundos em uma velocidade relativamente alta. quando na verdade, todos esses números de nada adiantam, nada significam, pois meu pensamento tem estado ligado a ti durante as vinte e quatro horas do dia; as frases que são ditas pela minha boca sempre carregam o teu nome com elas, as lembranças, os carinhos, e quem diria, até o tempo me faz lembrar de ti.
momento perigoso esse, em que estamos muito mais ligados do que pensei que um dia estaríamos... mas por que será? o que está acontecendo? o que vai acontecer?
como explicar o fato de eu não conseguir mais ir durmir sem ganhar um abraço, um boa noite teu? como entender o fato de eu não me assustar com as coisas que tu me conta, que em outras situações me deixariam de pernas bambas? e as preocupações, os medos, a insegurança, que ao teu lado desaparecem, como explicar?
ok... conseguimos abrir a porta, mas e o que nos espera lá dentro? será que é um divã na frente de cortinas vermelhas de veludo ou um quarto vazio sem um centímetro quadrado de luz? qual será nossa reação ao perceber o que nos aguarda?
(...)
domingo, 21 de março de 2010
quinta-feira, 11 de março de 2010
Saudade
é quando o amor ainda não foi embora,
mas a amada já...
Saudade é amar um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe
o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudade,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimento é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda
daí fica o dito e redito pelo não dito
e é difícil dizer que foi bonito
é inútil cantar o que perdi
dai nosso mais-que-perfeito foi desfeito
e tudo que parecia tão direito
caiu no chão sem perdão.
Enfim, disfarçar minha dor já não consigo
e dizer, somos apenas bons amigos,
é muita mentira para mim.
Agora, sozinho na solidão, ainda custo
a entender como o amor foi injusto
a quem só lhe deu gratidão.
Pois é, então..."
Chico Buarque
terça-feira, 9 de março de 2010
o que eu faço.
o que eu faço, nada mais é do que mostrar para as pessoas aquilo que a correria do dia-a-dia nos faz esquecer, é aquilo que a gente acha que só tem em filme ou novela, mas que na verdade, tá ali, do nosso lado. o que eu faço pode parecer banal para muitos, já que poucos -infelizmente- são os que entendem o que essas imagens e mensagens querem dizer.
eu mostro a paixão, a felicidade, o friozinho na barriga por estar cantando uma música, por estar em cima de um palco, ou simplesmente estar declamando um poema. o que eu faço, nada mais é do que mostrar a felicidade para as pessoas, e fazer com que elas sintam vontade de passar isso a diante.
complicado, não é? mas eu sei que não estou sozinha, e que um dia, seremos a maioria.
domingo, 7 de março de 2010
manias.
como posso chamar o que sinto por ti? o que sinto ao te ver? o coração acelerado, a paralisia do tempo, tu é tudo o que vejo, minhas pernas insistem em ficar bambas, tudo o que desejo é teu abraço, é sentir teu perfume...
como contar pra alguém que podemos estar a metros de distância, no meio de uma multidão, com milhões de barulhos ao nosso redor e que, mesmo assim, consiguimos nos encontrar? a sintonia é tão surreal que conseguimos inclusive conversar em uma situação como essa.
algumas pessoas costumam chamar isso de amor, paixão, ou alguma coisa do gênero; mas como posso dizer que sinto amor se não sei o que é o amor? será que o que essas pessoas chamam de amor é o que elas sentem ao dizer a alguém "te amo"? se for, o que eu sinto não é amor, tem um outro nome. posso não saber qual é, mas sei que não é disso que falo.
isso que eu sinto, não cabe dentro de mim, eu não consigo sequer disfarçar... quero correr ao teu encontro, cantar músicas olhando no teu olho, deixar as pessoas ao redor sem nada entender. eu quero poder contar contigo, quero poder pular, gritar, dançar contigo. isso que eu sinto, é o que me faz crer que o que existe na ficção tá muito próxima da nossa realidade. e mesmo não sabendo direito como chamar, eu sei que isso que sinto tá longe de acabar.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Mas por que eu não paro de pensar nele? Por que eu tenho vontade de contar pra todo mundo coisas que fizemos naqueles momentos em que estávamos juntos? Por que tenho que me controlar pra não pronunciar o nome dele em meio à uma conversa? Por que eu me senti tão a vontade quando aqueles olhos azuis penetrantes se aproximaram dos meus, normalmente tão inseguros?
domingo, 31 de janeiro de 2010
domingo, 24 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
Definitivamente... O Fim

Acabou. Simples assim. Já tava programado, mas o que dizer àquelas pessoas que no decorrer dos meses aprendi a gostar? Aquelas pessoas, que a cada dia me cativaram e se tornaram importantes pra mim, simplesmente terão de ir embora, seguir com suas vidas, com seu trabalho.
Não gosto muito de finais, de despedidas então, nem se fale! Tenho medo de não viver mais aquilo depois da despedida, de não conseguir retornar ali, seja para olhar o pôr-do-sol ou roubar um outro abraço, tenho medo que eu não consiga passar outros bons momentos naquele lugar ou com aquela pessoa, medo...
domingo, 10 de janeiro de 2010
Um relicário imenso desse amor...
quando estamos apaixonados às vezes é uma noite que faz tudo ficar completo
eu só queria ter coragem pra ficar
a gente faz coisas tão bobas por amorseu amor é só meu?
me sinto algemado por essa paixão
old one.
Quero alguém que me abrace, me pegue no colo, me beije sem medo. Alguém que me faça esquecer do mundo, esquecer que algum dia fiquei mal por alguma coisa. Quero alguém que cante, que dance comigo sem vergonha do que vão pensar. Quero alguém perfeito pra mim. Quem sabe, esse alguém, não pode ser você?
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
As Vantagens de Ser Invisível - Parte I
Tá, pode parecer extremamente hipócrisia ou até mesmo demagogia isso que eu estou falando, especialmente se você me conhece, mas é que eu simplesmente me dei conta disso.
Eu não sei bem o por quê, mas eu nunca gostei de ficar sozinha; tinha até medo, me sentia insegura, ficava imaginando coisas e pessoas, parecia filmezinho de terror pra criança.
Tudo começou quando eu encontrei um amigo com quem não falava há anos, e durante aquele papo patético e sem graça que a gente sempre tem até chegar à antiga intimidade, veio aquela pergunta fatal: você já consegue ficar sozinha ou ainda tá namorando com alguém?
Não era uma pergunta de grande relevância a ponto de fazer eu pensar na minha resposta, que provavelmente tiraria meu sono, mas a indagação veio a calhar justamente porque seu sentido era o oposto do que a primeira impressão causa. Ele se referia a esse meu medo bobo, infantil e despresível de ficar só; do fato de eu não conseguir sequer andar uma quadra sem algum conhecido ao meu lado. Ele chamava essa necessidade de ter alguém do meu lado de namorado e, segundo ele, essa seria minha única solução.
A surpresa do fato é que durante os anos em que ficamos sem nos falar, esse hábito não havia mudado; foi só com essa pergunta que uma luz se acendeu minha cabeça e fez com que eu me desse conta de quão patético ele era.
A partir deste dia procurei me desligar do mundo, das pessoas ao meu redor e simplesmente sair, pular, gritar na rua se tivesse vontade. E foi dando esses pequenos passos na pacata cidade onde moro que descobri as vantagens de se estar sozinho...
essa história terá muuitos outros capítulos ainda
Dizer que te conheço é algo completamente injusto com as pessoas que o conhecem a anos, mas nas poucas horas em que passamos juntos pude perceber a pessoa maravilhosa que tu és. Com um sorriso estampado no rosto a todo momento, era impossível ficar ao teu lado sem dar milhares de gargalhadas, o jeitinho bobo, desajeitado, o olhar curioso, cauteloso e detalhista, as palavras doces, o sotaque que fazia minha cabeça girar procurando traduções, tudo me encantava, me fascinava; estava feliz ao ter te conhecido desde os primeiros 10 minutos que passamos juntos. x)
Neste dia em que passei contigo, fiz coisas que nunca tinha feito antes, me diverti como nunca e, com certeza, me lembrarei de todos os detalhes, de todos os lugares em que estivemos juntos. E sabe, isso pode parecer até mesmo patético mas me lembrarei de tudo, por muuuito tempo!
Os passeios, as risadas, a comunicação meio falhada no início, até mesmo os patos, o abraço de despedida, o cartão com as palavras mais sinceras que alguém já escreveu, e a promessa da dança. Essas são apenas algumas das coisas as quais iremos nos lembrar e rir no nosso próximo encontro! e ainda passaremos momentos muito mais divertidos que estes que passamos "cá".
:)
Quase inacreditável. Mas talvez nós tenhamos chegado à nossa melhor fase... o abraço de reencontro, como se durante ele nada pudesse nos machucar, as conversas que aliviam tanta coisa, os momentos só conversando à toa... tudo é tão básico e tão perfeito ao mesmo tempo.