Não tenho nenhuma foto contigo. Mea culpa, assumo. Mas alguém deve ter fotografado a gente, mesmo que com as câmeras de melhor definição que já conseguimos encontrar até hoje: as retinas daqueles que passam por nós, sejam de olhos azuis, castanhos, cor de mel e até dos que parecem ser de vidro de tão claros. Mas afirmo, alguém nos fotografou. Talvez tenha até aparecido um sorriso de canto no rosto da pessoa ao registrar a cena de um complementando a frase do outro, rindo e falando bobagem, ou quando eu fico três degraus acima de ti pra não me sentir tão pequena ao te abraçar, ou quando fico na pontinha dos pés pra te dar um abraço forte depois de tempos sem te ver. Talvez alguém tenha registrado até eu te puxando pela rua pra te fazer andar comigo porque não consigo caminhar rápido como é o teu normal. Nos registros que eu tenho, só aparece tu sorrindo pra mim e meu coração acelerando a cada abraço forte, ou, então, naqueles momentos em que tô super nervosa, ele se acalmando ao sentir a segurança do mesmo abraço. Hoje é o dia do abraço (achei que todo dia fosse, maaaaaas... ) e óbvio que a primeira coisa que eu me lembro é de ti. Do teste do abraço, de tanta coisa que um abraço pode significar, dizer e principalmente fazer a gente sentir. Obrigada por todos os abraços e pelos tantos que ainda virão!
