sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

"A pequena parte do meu cérebro que retinha a sanidade gritava perguntas pra mim. Porque eu não estava parando isso? Pior que isso, porque eu não podia encontrar em mim mesma nem o desejo de querer pará-lo? O que significava eu não querer que ele parasse? Que as minhas mãos estavam agarrando os ombros dele, e que elas gostavam que eles fossem largos e fortes? Que as mãos dele me puxassem com tanta força contra ele, e mesmo assim isso não era o suficiente pra mim? As perguntas eram estúpidas, porque eu sabia a resposta: eu estive mentindo pra mim mesma. Ele estava certo. Ele esteve certo o tempo inteiro. Ele era mais que só meu amigo. Era por isso que era tão impossível dizer adeus a ele - porque eu estava apaixonada por ele. Também. Eu amava ele, muito mais do que eu deveria, e mesmo assim, não era nem de perto o suficiente. Eu estava apaixonada por ele, mas isso não era o suficiente pra mudar tudo; só era o suficiente pra nos machucar ainda mais. Pra magoar mais do que eu já tinha feito."

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