domingo, 27 de junho de 2010

são poucas as coisas que parecem fazer sentido :/

quarta-feira, 23 de junho de 2010


que poder tem uma rosa?
antes eu escrevia sobre o amor. hoje eu o sinto.

palavras e frases muitas vezes mal acabas que a gente vai escutando aqui ou ali, que às vezes a gente finge que não entende ou que simplesmente teme ter entendido o que elas realmente significam...
Dificil falar da gente, mas quem quer mesmo saber não procura se informar dos rótulos e definições, que os demais costumam nos dar, antes de ter sua própria opinião.
MM

terça-feira, 15 de junho de 2010

Palavras de amor

Renata conhecia Pedro há algum tempo, mas isso não era motivo nem servia de justificativa para suas ações. Pedro a conheceu no final do mês de julho, em algum evento do destino, e a partir daí não conseguiu desviar seus pensamentos de Renata, que misteriosamente se encaixava em quaisquer que fossem os assuntos, músicas, placas ou livros. Essa obsessão platônica resultou em inúmeras cartas sem destinatário.
Pedro era um rapaz humilde, de classe média, romântico e apaixonado pelas coisas da vida. Embora não acreditasse muito no amor entre duas pessoas, mantinha uma incansável busca por seu "par perfeito": aquele ser que lhe daria razões para acordar todos os dias e o entenderia, aquele que roubaria sua concentração no meio da construção de mais um picuá*. Já Renata era moça donzela, com movimentos delicados e olhares penetrantes, responsável diante de sua agenda sem horários vagos.
Pedro se apaixonou à primeira vista quando se encontrava cabisbaixo em algum lugar movimentado e reparou nos trejeitos da menina em corpo de mulher que tentava disfarçar a felicidade que sentia ao subir no palco de um bar qualquer com um video-okê. Desde então sua busca havia chegado ao fim. Era ela, Renata, a razão por ele estar aqui. Era dela que ele precisava. Porém, uma nova investivação se iniciou: quem seria aquela moça que em segundos havia captado toda atenção de Pedro? Livros, internet, lista telefônica, fotos e até possíveis amigos em comum foram utilizados na procura. Paralelamente, cartas eram escritas, declarações e encontros planejados, Pedro não tinha como resistir, estava entregue a uma pessoa que sequer o conhecia.
Inexplicavelmente, depois de alguns dias da procura ter começado, Renata e Pedro passaram a se cruzar em lugares inesperados. Ela recebia flores e presentes de alguém que não os entregava. Ele sentia seu perfume em todos os ambientes. Depois de meses colhendo dados e sofrendo por algo que nem existia, Pedro resolveu ir ao mesmo bar em que havia visto Renata pela primeira vez e decidiu fazer um epicédio**. Disse o quão delicada ela era, que era calipígia*** e como ele estava perdidamente apaixonado. Embora houvesse a probabilidade de ela não estar presente no momento da fala, Pedro apostava que o destino os unisse mais uma vez.
E foi assim que aconteceu: ele havia terminado seu discurso e continuava no palco, imóvel, sem nenhuma reação que indicasse se Renata estava ou não no local. Quando, de repente, a moça tímida se aproxima do palco com lágrimas nos olhos. Não eram de felicidade ou emoção, e sim de perplexidade. Renata não podia crer no que ouvira. Foi quando Pedro tirou do bolso do casaco um anel nédio**** sem nenhuma palavra falar. Ela, já aos prantos sem saber o que dizer, começa a dar tapas em Pedro; embora esburnisse*****, esse foi apenas o primeiro sinal de como seria a relação dos dois.

Vocabulário:
*picuá: móveis trastes (lixo)
**epicédio: discurso ou poema em memória de alguém
***calipígio: tem formosas nádegas
****nédio: brilhante resplandecente
*****esburnir: dar de má vontade

Educação de [s]ontem[/s] hoje

Apesar de estar sempre presente em discussões, discursos e principalmente no dia-a-dia das pessoas, a educação pouco evoluiu com o passar das gerações. Se antigamente havia a justificativa de ignorância pública e marjoritária, nos dias de hoje é inaceitável a possibilidade da existência de um sistema precário de educação.
Nos séculos passados, as poucas escolas que existiam eram extremamente pobres, sem recursos. As crianças moravam em prédios sem estrutura e passavam necessidade. Mas somente aquelas sem condições financeiras sofriam, pois as ricas recebiam aulas em casa, com professores particulares, que inclusive moravam onde lecionavam.
Influente desde sempre na vida das pessoas, a falta de educação aparece também nas obras literárias desse período, como em "Jane Eyre", de Charlotte Brontë, onde a autora deixa claro as diferenças educacionais entre a população. Como se não bastasse essa precariedade no ensino, ainda havia diferenças: as mulheres aprendiam apenas o necessário para cuidarem do marido e da família, enquanto os homensa estudavam em rígidas escolas de padres.
Mas depois de mais de um século de quando esse quadro era o "natural", o que será que mudou? Infelizmente o fato é que fora algumas pequenas mudanças de métodos, pensamentos e estrutura, pouca coisa foi modificada. A diferença é que hoje a educação possui uma máscara gigantesca que insiste em esconder seus reais objetivos. Se antes os conhecimentos não eram muitos, os objetivos eram outros. Não importa, não há justificativa alguma para que esse sistema não evolua.
É patético pensar que em meados do século XXI o estilo educacional continua basicamente igual ao de séculos passados, quando somente a elite tinha direito a ensino de qualidade. Muita gente se vangloria ao falar de métodos de ensino de hoje no Brasil, por exemplo, sem se dar conta de que, além de injusto com os que realmente querem aprender alguma coisa, ele não tem um objetivo claro, senão ocupar o tempo dos filhos de empregados miseráveis que muitas vezes não sabem escrever nada mais do que seu nome. Será que as pessoas que insistem que nada podem fazer para mudar esse quadro e que acreditam que ele seja realmente eficiente se deram conta de que o ensino no Brasil hoje possui a mesma essência dos países desenvolvidos de dois séculos atrás? Será que o ensino que conhecemos hoje é de fato melhor do que o de antigamente, ou simplesmente mais eficiente, evoluído? Quando é que vamos conseguir juntar forças para colocarmos essa máscara que a educação veste, de uma vez por todas, no lixo?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

esse é pra ti. só pra ti. IV - enfim 90 dias com ele.

eu sei que por mais repetitiva, boba, ou seja lá como tu quer chamar, que eu possa parecer tem algumas coisas aqui que eu preciso te dizer, mesmo não sabendo bem como fazer isso de forma clara.
a cada dia que passa a gente tem se conhecido mais, e eu, particularmente, tenho me apaixonado cada vez mais por ti. posso dizer que tu realmente me cativou. e, bem, apesar de todos os desentendimentos, os dias longe, os tantos problemas de saúde e rotineiros que insistem em aparecer entre a gente, eu continuo te amando cada vez mais e tendo a certeza de que é contigo que eu quero realizar todos aqueles planos meio malucos, mas possíveis.
eu só tenho a te agradecer por estar me tornando uma pessoa melhor, por cuidar de mim, me ensinar, me entender, por realmente me tirar da beira do penhasco. eu te amo muito. mesmo. espero conseguir colocar, pelo menos, um terço do sorriso bobo que tu tens colocado em meu rosto e pode ter certeza que, mais do que nunca, eu vou fazer o possível e o impossível pra que tu seja tão feliz comigo como eu sou contigo.
obrigada por tudo. e esses são apenas os primeiros dias dentre os milhares que passaremos juntos. te amo.

meio melancólico e piegas pra maioria, mas para aqueles que veem além do que os olhos mostram, um singela demonstração de carinho.