quinta-feira, 25 de março de 2010

esse é pra ti. só pra ti

(I)
eu não pensei que fosse assim... por semanas venho tentando encontrar explicações e justificativas plausíveis, tentando me convencer de que não é assim. e, confesso, estava obtendo sucesso nessa jornada... até que... putf! uma mensagem, uma ligação. tudo mudou. assim, SIMPLES assim.
foram 4 minutos. exatamente 240 segundos. ou melhor, somente 240 segundos! mas pelo visto, foi tempo mais do que necessário pra me deixar completamente sem chão... como eu vou explicar o sorriso bobo que apareceu aqui e que não dá pra disfarçar? como alguém vai entender o por quê de eu não conseguir sequer cantar uma música?!
e eu preciso dizer que isso tudo é diferente... parece, depois de tanto tempo, que estou livre de novo... sem aquele vazio, aquela sensação de solidão, de não esperar nada ao acordar... tudo passou, deixou de existir, assim como num estalar de dedos. fantástico, brilhante, não?! ok... nem tanto. isso é só o chegar à frente da porta, se quer tocamos na fechadura para abri-la.
alguns dias passaram, algumas situações, encontros, testes, supresas, algumas discussões, algumas novidades e inúmeras teorias. e no fim, qual a conclusão? sem números, sem razões, sem motivos ou explicações, um simples coração com medo de se entregar e se machucar.
mas hoje, depois de todas as conversas conturbadas, das milhares de informações por segundo que tentam desesperadamente se unir na tentativa de fazer algum sentido, aqui estamos.
há muito mais de mil metros nos separando, quase mil segundos em uma velocidade relativamente alta. quando na verdade, todos esses números de nada adiantam, nada significam, pois meu pensamento tem estado ligado a ti durante as vinte e quatro horas do dia; as frases que são ditas pela minha boca sempre carregam o teu nome com elas, as lembranças, os carinhos, e quem diria, até o tempo me faz lembrar de ti.
momento perigoso esse, em que estamos muito mais ligados do que pensei que um dia estaríamos... mas por que será? o que está acontecendo? o que vai acontecer?
como explicar o fato de eu não conseguir mais ir durmir sem ganhar um abraço, um boa noite teu? como entender o fato de eu não me assustar com as coisas que tu me conta, que em outras situações me deixariam de pernas bambas? e as preocupações, os medos, a insegurança, que ao teu lado desaparecem, como explicar?
ok... conseguimos abrir a porta, mas e o que nos espera lá dentro? será que é um divã na frente de cortinas vermelhas de veludo ou um quarto vazio sem um centímetro quadrado de luz? qual será nossa reação ao perceber o que nos aguarda?
(...)

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