segunda-feira, 31 de maio de 2010

O início... ou o reencontro

Muitos de nós já nos conhecíamos, outros, mesmo nos conhecendo a menos tempo, é como se fossemos amigos desde o jardim de infância.
Por anos, passamos momentos incríveis juntos, ríamos, brincávamos, brigávamos às vezes, mas nos divertindo, fomos descobrindo a nós mesmos, aqui ou ali;
com a presença destes amigos ou de novos, que hoje nem são tão novos assim...
O fato é que aqui ou lá, juntos ou não, crescemos. E chegamos onde hoje estamos, ao último ano do começo de nossos outros longos anos escolares. Meio
contraditório, não?! Mas não tem problema, afinal... um pouco contraditórias estão nossas idéias também nesse momento...
Nesse um mês em que passamos os 19 juntos, já rimos, brincamos, discutimos, levamos uns puxões de orelha...tanta coisa em tão pouco tempo se pararmos
pra pensar nos outros xxx dias de aula que ainda temos.
Digo que este momento é contraditório pois ao mesmo tempo em que temos sede de viver de fato, temos a insegurança, o futuro incerto que nos aguarda; a
vontade de ser independente versus a certeza que a rotina nos traz; aí é que bate aquela vontade de parar no tempo, de simplesmente parar de crescer.
Vontade de saber o que fazer no dia seguinte, de saber que se nos machucarmos, um beijo e um colo da mãe - que está sempre do nosso lado- vai nos curar.
Vontade de dar importância àquilo que na verdade não tem tanta importância... Vontade de acreditar em fada do dente, coelhinho da páscoa, papai noel...
e ficar feliz da vida ao vê-los. Vontade de brincar de casinha, ou de correr na rua, vontade de inventar brincadeiras,de fazer desejos, ter sonhos e
acreditar que eles são possíveis, vontade de contigiar os outros com um sorriso; vontade de aprender, de perceber o que realmente importa na vida, de não
mudar nosso jeito de pensar, nossas brincadeiras ingênuas e carinhos sem malícia, de poder durmir até tarde e se sentir cansado após passar o dia
inteiro brincando na piscina... aah quem dera se pudessemos escolher viver um pouco mais essa fase que todos sentem saudade, e que nós só sentiremos
falta daqui a alguns anos, quando já for tarde demais...
E eu sei que essas frases e desejos podem parecer meio batidos, afinal, todo mundo fala isso! Mas... se a maioria das pessoas sentem falta, algum motivo tem,
não concordam? Então por que não deixar as bobagens de lado, as preocupações que nem nossas ainda são, por que não pararmos de crescer? Que tal se nós mudássemos
de tamanho, mas não perdessemos a nossa essência de crianças, de adolescentes? Que tal se nós deixássemos de nos preocupar tanto com o futuro e simplesmente
passassemos o dia fazendo aquilo que a gente gosta, brincando, rindo, se divertindo?
Na verdade, agora que parei pra pensar sobre o assunto, tenho uma idéia melhor: que tal se nós deixássemos o tempo nos levar com ele, enfrentássemos os novos
e complicados desafios da vida adulta e mesmo assim não deixar que a correria do dia-a-dia apague esse jeitinho único, esse brilho no olhar, essa vontade
de estarmos juntos independente do que aconteça, que tal se nós não deixássemos esse nosso lado "criança" para trás? Será que nós não aprenderíamos a ver
a vida com os olhos que ao nos tornarmos adultos geralmente ficam cegos? Aí sim, cada dia seria apenas mais um início, ou reencontro, daqueles dias em que
com nada precisávamos nos preocupar por simplesmente estarmos juntos.

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